As chamadas "múmias de Nazca" têm sido objeto de intenso debate desde sua descoberta em 2017 no Peru. Apresentadas pelo jornalista e ufólogo mexicano Jaime Maussan, essas figuras humanoides de três dedos suscitaram discussões sobre sua possível origem extraterrestre.
No entanto, investigações científicas e análises lançaram dúvidas sérias sobre essas questões discutidas.
Em 2017, Maussan revelou ao público múmias encontradas na região de Nazca, no Peru, conhecidas por suas enigmáticas linhas geoglíficas. As múmias apresentam características peculiares: corpos pequenos, crânios alongados e apenas três dedos em cada mão.
Maussan afirmou que esses corpos tinham cerca de 1.000 anos e que análises de DNA indicavam que 30% de seu material genético era desconhecido, identificando uma possível origem não humana.
As denúncias de Maussan foram recebidas com ceticismo pela comunidade científica. Em janeiro de 2024, uma investigação conduzida pelo Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Peru concluiu que as chamadas "múmias extraterrestres" eram, na verdade, construções artificiais.
O arqueólogo Flavio Estrada afirmou que os supostos corpos eram bonecos feitos com ossos de animais unidos por materiais sintéticos. Ele explicou que os crânios pertenciam aos mamíferos quadrúpedes e os corpos eram compostos por ossos de aves, montados para criar uma aparência antropomórfica.
Apesar dessas detalhes, Maussan e sua equipe apoiaram o defensor das múmias. Em junho de 2024, eles anunciaram a realização de novas análises de DNA, alegando que 30% do material genético das múmias era desconhecido pela ciência.
Essas afirmações foram recebidas com cautela pela comunidade científica, o que destacou a necessidade de estudos independentes e revisados por pares para validar tais reivindicações.
Em setembro de 2023, Maussan apresentou dois desses corpos mumificados em uma audiência no Congresso do México. Ele reiterou suas investigações sobre a origem não terrestre das múmias, destacando suas características morfológicas únicas e os resultados das análises de DNA.
No entanto, especialistas presentes na audiência se recusaram a confirmar uma origem extraterrestre, enfatizando a necessidade de mais evidências científicas.
Reações Oficiais e Controvérsias
As autoridades peruanas expressaram preocupação com a apresentação das múmias no México, especialmente devido à possibilidade de tráfico ilícito de patrimônio cultural. O Ministério da Cultura do Peru afirmou que não havia permissões emitidas para a exportação dos corpos e que estava investigando o caso.
Além disso, o governo peruano reiterou que as múmias eram construções fraudulentas, feitas com ossos de animais e materiais modernos.
Em abril de 2024, um grupo de investigações de cientistas americanos anunciou a retomada das suposta origem extraterrestre das múmias de Nazca. Eles planejaram realizar testes adicionais de DNA e outras análises para determinar a verdadeira natureza dos corpos.
No entanto, esta iniciativa gerou controvérsia, pois muitos especialistas consideram que as evidências já apontam para uma origem terrestre e fraudulenta das múmias.
A saga das "múmias de Nazca" destaca a tensão entre afirmações extraordinárias e o rigor científico necessário para validá-las. Embora alguns defendam a possibilidade de uma origem extraterrestre, as evidências atuais sugerem que as múmias são construções artificiais, compostas por ossos de animais e materiais modernos.
Este caso serve como um lembrete da importância da análise crítica e da verificação científica diante de descobertas sensacionalistas.
Fonte: Dailymail InfocusNews