Reino Unido esclarece posição sobre ''Fenômenos Aéreos Não Identificados!''


O debate sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs, na sigla em inglês) e Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) tem ganhado crescente atenção global nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos. No entanto, a abordagem de outros países, como o Reino Unido, sobre o tema tem sido permanente em grande parte discreta. 

Recentemente, o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) solicitou informações detalhadas sobre sua postura oficial e forneceu atualizações sobre relatos e investigações relacionadas a essas ocorrências.

O pedido foi feito pelo deputado conservador David Reed, que questionou se as novas informações já foram elaboradas pelo MoD desde que os arquivos anteriores sobre OVNIs foram desclassificados, e qual seria a política atual do governo britânico em relação a esses avistamentos. A resposta oficial veio do Ministro das Forças Armadas, Luke Pollard.

A posição oficial do Reino Unido sobre UAPs

De acordo com Pollard, o Ministério da Defesa permanece firme em sua posição desde 2009, quando interrompeu oficialmente as investigações sobre relatos de OVNIs. “Embora estejamos cientes das diferentes abordagens atualmente empreendidas por outros países e aliadas na investigação de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP), a posição do MoD sobre UAPs permanece inalterada. 

Em mais de 50 anos, nenhum avistamento relatado ao departamento indicou a existência de qualquer ameaça militar ao Reino Unido”, declarou o ministro.

Além disso, Pollard afirmou que o Ministério da Defesa não classificou nenhum material novo sobre o tema desde que decidiu encerrar suas investigações, priorizando o uso de recursos em atividades de defesa consideradas mais urgentes. Ele também confirmou que não há planos para criar uma equipe dedicada à análise de UAPs.

Entre os anos 1950 e 2009, o Ministério da Defesa reuniu uma vasta quantidade de dados sobre avistamentos de OVNIs, que posteriormente foram desclassificados e tornados públicos em 2020. 

Esses documentos revelaram uma série de relatos intrigantes, desde luzes inexplicáveis ​​no céu até testemunhos de pilotos militares que afirmaram ter visto objetos realizando manobras impossíveis para aeronaves conhecidas.

Apesar do encerramento oficial das investigações, os relatos de UAPs continuaram a ocorrer, tanto por civis quanto por militares, o que alimentou debates sobre a necessidade de uma reavaliação da política governamental.


A persistência dos avistamentos e dos desafios modernos

Embora o MoD tenha abandonado oficialmente as investigações, o aumento dos relatos de UAPs nos últimos anos tem desafiado essa postura. 

A prevalência de incursões de drones não especificada sobre bases militares no Reino Unido e nos EUA levantou questões sobre possíveis falhas de segurança e a necessidade de monitoramento contínuo dessas frequências.

Um exemplo recente ocorreu em 2024, quando imagens capturadas nas proximidades de uma base aérea no Reino Unido mostraram objetos voadores realizando movimentos que não puderam ser explicados pelos analistas. 

Esses eventos geraram preocupações não apenas sobre a origem dessas tendências, mas também sobre a capacidade das defesas aéreas de identificar e responder a ameaças potenciais.

Comparações internacionais: os EUA e a postura britânica

Enquanto o Reino Unido permanece firme em sua posição, os Estados Unidos adotam uma abordagem mais ativa na investigação de UAPs. O Departamento de Defesa dos EUA criou, em 2020, o Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO, na sigla em inglês), com o objetivo de investigar relatos de UAPs, incluindo aqueles documentados por pilotos militares.

Além disso, audiências públicas no Congresso dos EUA revelaram vídeos de encontros com objetos não identificados capturados por sistemas avançados de sensores, como câmeras infravermelhas em aeronaves militares. 

A divulgação dessas informações aumentou a pressão sobre outros países, incluindo o Reino Unido, para revisar suas políticas em relação às características.

A ciência e os UAPs: o que sabemos até agora?

Enquanto os governos discutem a melhor abordagem para lidar com os UAPs, cientistas de diferentes áreas continuam a investigar as especificidades. Muitos desses objetos permanecem sem explicação devido à falta de dados suficientes ou à impossibilidade de replicar as condições dos avistamentos.

Em contrapartida, algumas possíveis explicações incluem características pouco compreendidas, como plasma atmosférico ou relâmpagos globulares, bem como atividades humanas, como testes de tecnologia avançados por governos ou empresas privadas.

Ainda assim, a possibilidade de que alguns UAPs possam representar tecnologia extraterrestre avançada não foi completamente descartada. Cientistas e engenheiros destacam que o estudo dessas preocupações pode levar a avanços tecnológicos inovadores, mesmo que a origem dos objetos seja terrestre.

O futuro da investigação sobre UAPs no Reino Unido


Embora o MoD tenha encerrado suas investigações em 2009, uma crescente atenção global sobre UAPs sugere que uma reavaliação de sua postura pode ser progressiva. 

Pressões internacionais, especialmente dos Estados Unidos, e o aumento dos avanços recentes podem levar o Reino Unido a adotar medidas mais proativas no monitoramento e estudo do fenômeno.

Além disso, organizações independentes e pesquisadores civis no Reino Unido continuam a investigar avistamentos de UAPs, utilizando tecnologias como sistemas de radar amadores e redes de câmeras para capturar dados em tempo real. 

Essas iniciativas complementares a futuros esforços governamentais, caso o Ministério da Defesa decida retomar suas investigações.

A postura do Reino Unido em relação aos Fenômenos Aéreos Não Identificados reflete uma abordagem cautelosa e focada em prioridades estratégicas de defesa. 

No entanto, a crescente prevalência de visualizações e o interesse global não sugerem que o tema continue sendo motivo de debate público e acadêmico nos próximos anos.

Embora o MoD atualmente não tenha planos para investigar UAPs, a divulgação de seus arquivos históricos e a cooperação com aliados internacionais podem oferecer insights importantes sobre essas características, ajudando a desvendar um dos maiores mistérios do nosso tempo.

Referência: ukdefencejournal



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