A possibilidade de um tsunami atingir o Brasil é um tema que desperta curiosidade e preocupação. Embora o país esteja localizado no centro da Placa Sul-Americana, distante de zonas de instabilidade tectônica, eventos naturais de grande magnitude em outras partes do mundo poderiam, em teoria, afetar o litoral brasileiro.
Tsunamis são ondas gigantes geradas por perturbações graves no ambiente marinho, como terremotos submarinos, erupções vulcânicas, penetrações de terra ou até queda de meteoritos. Essas ondas podem atingir alturas entre 10 e 30 metros e se deslocar a velocidades impressionantes, causando destruição significativa ao atingir áreas costeiras.
O Brasil está situado no interior de uma placa tectônica, o que reduz significativamente a ocorrência de terremotos de grande magnitude e, consequentemente, a formação de tsunamis originados localmente.
No entanto, eventos sísmicos em outras regiões do globo podem, em casos raros, gerar ondas que atravessam oceanos e chegam ao litoral brasileiro.
O Vulcão Cumbre Vieja e a Teoria do Tsunami Transatlântico
Em 2001, os pesquisadores britânicos Steven N. Ward e Simon Day publicaram um estudo demonstrando que uma erupção explosiva do Cumbre Vieja, localizada na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, poderia causar uma deslizamento de terra massiva.
Essa penetração, por sua vez, geraria um tsunami com potencial para atravessar o Atlântico e atingir as Américas, incluindo o Brasil.
Segundo o estudo, as ondas resultantes poderiam alcançar alturas significativas ao chegar ao litoral brasileiro, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Estima-se que, após o deslizamento, o tsunami levaria aproximadamente 9 horas para atingir a costa brasileira.
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A proposta teórica de Ward e Day gerou debates na comunidade científica. Alguns especialistas argumentam que a possibilidade de uma penetração da terra dessa magnitude é remota e que, mesmo que ocorra, a energia das ondas diminuiria significativamente durante a travessia do Atlântico, resultando em impactos menores ao chegar ao Brasil.
Além disso, estudos mais recentes indicam que o Cumbre Vieja não apresenta sinais de uma tendência de grande escala. O evento mais recente ocorreu em 2021, sem evidências de penetração catastrófica ou tsunamis associados.
Para uma compreensão visual da teoria do tsunami gerado pelo Cumbre Vieja e seu potencial impacto no Brasil, você pode assistir ao vídeo a seguir:
Embora raros, há registros históricos de tsunamis que afetaram o Brasil. Em 1755, um terremoto de grande magnitude em Lisboa gerou um tsunami que atravessou o Atlântico e atingiu o litoral nordestino brasileiro, com ondas de até dois metros de altura.
Outro evento ocorreu em 1541, quando ondas de até oito metros inundaram a capitania de São Vicente, no litoral paulista. As causas desse tsunami não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que podem estar relacionadas a extremos meteorológicos.
Dada a baixa frequência de tsunamis no Brasil, o país não possui sistemas de alerta tão desenvolvidos quanto os de nações situadas no Círculo de Fogo do Pacífico.
No entanto, a Marinha do Brasil e o Centro de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) mantêm vigilância sobre atividades sísmicas e vulcânicas que possam representar riscos, mesmo que remotos, para o território nacional.
Embora a possibilidade de um tsunami atingir o Brasil não possa ser completamente descartada, especialmente devido a eventos naturais em outras partes do mundo, já que as chances são extremamente baixas.
O país está geologicamente protegido de muitos dos riscos que tornam outras regiões mais suscetíveis a esses desastres. No entanto, é essencial manter a vigilância e a preparação para garantir a segurança da população em quaisquer situações.
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