Nova Técnica Pode Melhorar a previsão de grandes terremotos

Pesquisadores na Nova Zelândia desenvolveram uma abordagem inovadora que promete melhorar a compreensão sobre onde e como os grandes terremotos ocorrem e se propagam, possibilitando orientações mais precisas. 

Publicado no periódico geoscienceworld , o estudo detalha um método que utiliza marcas remanescentes em falhas geológicas por terremotos passados, ajudando a identificar as origens e as rupturas específicas. Essa pode ser aplicada em falhas ao redor do mundo, com implicações significativas para a mitigação técnica de riscos sísmicos.

Decifrando as Marcas em Planos de Falha

Após um terremoto, as superfícies de falhas frequentemente exibem curvas semelhantes às marcas de pneus. Esses padrões, segundo Nic Barth, geólogo da Universidade da Califórnia, Riverside, e principal autor do estudo, fornecem informações valiosas sobre a direção de propagação dos terremotos.

“Essas perdas, curvas acumuladas em planos de falha foram pouco compreendidas até agora, mas revelam a origem e o caminho das rupturas passadas”, explica Barth.

Utilizando modelagem computacional, a equipe confirmou que o formato e a curvatura dessas marcas indicam a direção de onde um terremoto começou. Essa descoberta é pioneira ao demonstrar que as marcas podem ser comprovadas para eventos sísmicos históricos e pré-históricos. 

Isso significa que falhas geológicas em todo o mundo, como a notória Falha de San Andreas na Califórnia, podem ser estudadas para prever a direção e os impactos de futuros terremotos.

Aplicação Global e Implicações Locais

A técnica foi testada na Falha Alpina da Nova Zelândia, uma das falhas geológicas mais previsíveis do mundo, conhecida por grandes terremotos ocorridos a cada 250 anos, aproximadamente. 

O estudo revelou que o evento mais recente, em 1717, se propagou do sul para o norte, causando tremores mais intensos em áreas densamente povoadas. 

Além disso, foi descoberto que grandes terremotos podem começar em ambas as extremidades da falha, algo que não era conhecido anteriormente.

Esses insights oferecem uma perspectiva única para outras regiões propensas a terremotos, como o sul da Califórnia. Por exemplo, um terremoto originado na parte sul da Falha de San Andreas e se movendo para o norte direcionando mais energia destrutiva para Los Angeles. 

Em contrapartida, eventos que começam mais longe podem permitir que os sistemas de alerta sísmico enviem avisos com até um minuto de antecedência, potencialmente salvando vidas.

Avanços para Avaliação de Riscos Sísmicos


Barth acredita que essa técnica pode revolucionar a forma como os terremotos são analisados globalmente. “Agora podemos aplicar essas ferramentas e conhecimentos adquiridos na Falha Alpina para investigar falhas ao redor do mundo”, afirma. 

Ele destacou que o foco imediato será na Califórnia, onde a Falha de San Andreas é considerada uma das regiões com maior probabilidade de sofrer um grande terremoto no futuro próximo.

A aplicação dessa técnica pode fornecer informações cruciais para respostas planejadas de emergência, melhorar infraestruturas e reduzir danos em áreas urbanas. 

Além disso, o estudo abre portas para a exploração de padrões de ruptura em falhas menos científicas, contribuindo para uma compreensão global do comportamento dos terremotos.

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O Futuro da Previsão Sísmica

Os pesquisadores esperam que a técnica seja amplamente aplicada por cientistas ao redor do mundo, permitindo uma análise detalhada de históricos sísmicos em diferentes regiões. 

“Sem dúvida, esse novo conhecimento aumentou nossa capacidade de modelar e prever o comportamento de terremotos, tanto na Califórnia quanto globalmente”, conclui Barth.

Com essas descobertas, a ciência sísmica avançando em direção a um futuro onde os impactos devastadores de grandes terremotos podem ser mitigados de forma mais eficaz, salvando vidas e protegendo comunidades em risco.

Fonte: UCRiverside GeoScienceWorld



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