O Monte Fuji, símbolo imponente do Japão, enfrenta um fenômeno alarmante: até o final de outubro de 2024, nenhuma camada de neve havia se formado em suas encostas, um recorde desde o início das medições em 1894.
(Monte Fuji: Pixabay /Créditos: K2-Kaji)Historicamente, a neve aparece em média em 2 de outubro, mas o calor persistente deste ano, associado a um verão excepcionalmente quente, retardou o processo. Especialistas, incluindo o meteorologista Yutaka Katsuta, apontam as mudanças climáticas como um fator influente, já que altas temperaturas impedem o resfriamento necessário para a formação da neve.
Esse atraso coloca em evidência os efeitos das mudanças climáticas, que têm provocado temperaturas extremas e padrões climáticos imprevisíveis em todo o mundo. Em 2024, o Japão registrou temperaturas de verão tão altas quanto em 2023, estabelecendo um novo marco de calor.
Além do impacto climático, o atraso na formação de neve pode afetar o turismo na montanha, que atrai mais de 220.000 visitantes anualmente.
(Monte Fuji: Pixabay/ Créditos: Kanenori)
As autoridades japonesas, preocupadas com o turismo excessivo, implementaram recentemente uma taxa de entrada e um limite diário de escalada, buscando proteger o ambiente da montanha.
O Monte Fuji, que inspira arte e cultura japonesa há séculos como nas obras do famoso pintor Hokusai, agora se torna um símbolo da vulnerabilidade ambiental. A última erupção do Fuji ocorreu há cerca de 300 anos, e o majestoso pico continua a ser uma lembrança de que até mesmo as montanhas não são imunes às mudanças que o clima impõe.
Fonte: The Japan Times