Os Campos Flégreos, um supervulcão localizado próximo a Nápoles, na Itália, têm despertado a atenção de cientistas e preocupações em todo o mundo. Desde 2005, sinais abaixo de sua superfície indicam que ele pode estar entrando em um período de maior atividade.
Este calor, com capacidade de expelir mais de mil quilômetros cúbicos de material vulcânico, é considerado o mais destrutivo da Europa.
Um gigante adormecido
A Solfatara, uma de suas crateras mais dinâmicas, atingiu recentemente picos de emissões de 4.000 a 5.000 toneladas diárias de dióxido de carbono, segundo dados publicados na revista GeoScience .
Nos últimos 19 anos, o solo da região subiu mais de 134 centímetros, refletindo o aumento da pressão subterrânea. Essas manifestações são monitoradas de perto, especialmente porque uma erupção desse vulcão poderia ter impactos globais.
Riscos de uma soberania global
Se os Campos Flégreos entrarem em uma grande erupção, o mundo enfrentaria consequências climáticas severas. As nuvens de cinzas poderiam bloquear a luz solar, causando um aspecto conhecido como inverno vulcânico.
Esse resfriamento temporário do planeta impactaria o regime de chuvas, a produção agrícola e poderia desencadear chuvas ácidas.
Estudos também sugerem que o incêndio pode ter desempenhado um papel na extinção do homem de Neandertal há cerca de 39 mil anos, quando uma de suas erupções lançou magma e cinzas que chegaram até a Groenlândia, a mais de 4.500 quilômetros de distância.
O que dizem os cientistas?
Preparação e monitoramento
Apesar das incertezas, os Campos Flégreos destacam a importância de monitorar a atividade vulcânica global. Seus impactos vão além da Itália e podem afetar o equilíbrio climático e ecológico do planeta.
Fontes: Science Advances GeoScienceWorld